sábado, 8 de novembro de 2014

Plantas Medicinais do Cerrado: Uso e indicação

O cerrado é uma farmácia natural que conta com uma variedade de plantas que são utilizadas como remédios por grande parte da população. Devido a grande importância do cerrado vamos falar sobre o uso e indicação de algumas plantas que são encontradas no cerrado.

     
                                                Jurubeba
          Indicações

O chá de jurubeba é indicado para aliviar cólicas hepáticas, tonificar, fortalecer e equilibrar o fígado contra a comida ou álcool em excesso, sendo um remédio conhecido em todo o Brasil para tratar ressacas. Ajuda na digestão, no alívio das dores de estômago, tomando antes ou depois das refeições. O chá ainda pode ser usado como tônico cardiovascular, estimulante do apetite, diurético, para tratamento de anorexia, azia, bronquite, cistite, úlcera péptica, tosses, hepatite, hepatopatia crônica, ingurgitamento do fígado e do baço. Seus princípios ativos são os esteroides, saponinas, glicosídeos e alcaloides. Estudos em animais comprovaram sua eficácia na diminuição da pressão sanguínea e no aumento da respiração em gatos, sendo, portanto, um estimulante no coração. Suas propriedades incluem ainda ações anti-inflamatórias, descongestionantes, contra a febre, laxantes e contra o diabetes.

Foto 1: Jurubeba


 Carobinha 

Também conhecida como caroba-do-mato, marupá, simaruba-falsa, caraúca, carabussú, caruba, curoba, marupauba e parapará, a Carobinha é uma árvore exclusivamente nacional, de até 15 metros de altura, com casca fina e acinzentada e que é encontrada na região que abrange Minas Gerais até o Rio Grande do Sul. Seu caule, após a madeira extraída, é usado principalmente na construção civil, para a carpintaria. O chá de carobinha combate a sífilis, o reumatismo, a artrose, as afecções cutâneas, a disenteria e a prostatite.
A casca da carobinha: possui propriedades anti-reumáticas, ajuda no tratamento de doenças de pele e em problemas na garganta. o chá de carobinha consegue reduzir os níveis de colesterol ruim presentes no sangue, também serve para lavar feridas e fazer gargarejos para tratar da garganta.
                                              Jatobá

A árvore jatobá – cujo nome científico é Hymenaea courbaril – é originalmente brasileira, e pode ser encontrada em quase todos os estados do país,assim a jatobá pode ser chamada por diversos nomes populares, de acordo com a região, entre eles jataí, farinheira, jassaí, jupiti, jetaí, jatel, jataúba, jataici, azucar, guapinol, árvore copal do Brasil, imbiúva, jatabá-trapuca, jataíba, algaborro, entre outros. Além de ser uma bela árvore, também é conhecida por possuir importantes propriedades medicinais ao organismo humano.

Propriedades do jatobá
Adstringente;
Antibacteriana;
Antiespasmódica;
Antifúngica,
Anti-inflamatória;
Antioxidante;
Aperiente;
Balsâmico;
Descongestionante;
Diurética;
Estimulante;
Estomáquica;
Expectorante
Modo de preparo:
. Leve ao fogo um litro de água, juntamente com duas colheres de sopa das cascas da árvore. Deixe ferver por 10 minutos, então abafe o recipiente, desligue o fogo e aguarde amornar. Quando a temperatura estiver adequada para consumo, coe e beba o chá duas vezes por dia.


Foto 2: Jatobá


                                                      Jenipapeiro

Originária da América Tropical e Índia Ocidental, o jenipapeiro é uma árvore da família das Rubiáceas, pertencente a mesma família do café. Medindo até 20 m de altura por 40 cm de diâmetro no tronco, é uma espécie nativa bastante comum em grande parte do Brasil. Chá de raízes (como purgativo), sementes esmagadas (como vomitório). Chá das folhas (como antidiarreico), fruto verde ralado (para asmáticos), brotações (desobstruinte), suco do fruto maduro (tônico para estômago, diurético e desobstruinte). No forrageamento de animais: folhas e frutos cortados em pedaços pequenos para alimentar bovinos, caprinos e suínos. No curtimento de couros: casca do caule (cor cinza-claro) e o fruto verde são ricos em tanino.


Foto 3: Jenipapo



                                                Mangaba

Família Apocynaceae, mesma da alamanda, velame-branco, tiborna e guatambu. Árvore de ocorrência nos estados do Cerrado, Caatinga e litoral nordestino, podendo alcançar até 10 metros de altura, com tronco áspero, ramos lisos, avermelhados. A palavra mangaba é de origem indígena e significa coisa boa de comer.
O  Chá de mangabeira é indicado para controle de diabetes, colesterol e hipertensão.
COMO FAZER: 2 colheres de sopa para meio litro de água. (cascas)
Deixe cozinhar por 8 - 10 minutos a partir do momento em que se inicia a ebulição, após esse tempo, retire do fogo e deixe repousando, tampada, por 10 minutos. Coe e está pronto para o uso. Pode se beber gelado, tomar 2 a 3 xícaras ao dia.
                                                                     
Foto 4:Mangaba   


                      Barbatimão  
Barbatimão é uma planta medicinal, também conhecida como barba-de-timan, casca-da-mocidade, e ubatima, muito usada pelas suas propriedades cicatrizantes e bactericida.
O barbatimão serve para tratar úlceras, feridas, doenças de pele, corrimento vaginal, gonorreia, diarreia, hemorragia, câncer, afecções hepáticas, diabetes e gastrite.
As propriedades do barbatimão incluem sua ação adstringente, hemostática, depurativa, anti-séptica, anti- hemorrágica, antibacteriana, tônica, diurética, cicatrizante e coagulante sanguíneo.As partes utilizadas do barbatimão são a casca do caule e folhas.
 Ferver 20 g da casca em 1 litro de água. Beber de 3 a 5 xícaras ao dia.


foto 5:Barbatimão

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

NA TRILHA DA EDUCAÇÃO



. Valdenice Alves da Silva
Universidade Federal do Oeste da Bahia - UFOB
                                                                                                lala.naufba@hotmail.com
Os jovens do campo ao longo da nossa história tiveram que receber uma educação do campo construída na cidade por sujeitos da cidade, ou seja, o sujeito do campo não participava e nem participa do processo de construção de sua  própria educação. 
Para Caldart (2002, p.11) os povos do campo têm uma raiz própria, um jeito de viver e de trabalhar, distintos do mundo urbano, e que inclui diferentes maneiras de ver e de relacionar com o tempo, o espaço, o meio ambiente, bem como de viver e de organizara família, a comunidade, o trabalho e a educação. Nos processos que produzem sua existência vão também se produzindo como seres humanos.
Por esse motivo a população do campo tem que contar com um ensino-aprendizagem relacionados aos seus hábitos e costumes. A valorização dos saberes do camponês contribui para que o mesmo permaneça no campo e colabore para o desenvolvimento de sua comunidade.É Curioso constatar que desde ao início da década de 80 foi se formando na sociedade brasileira o reconhecimento da educação como direito humano.

Educação, direito de todo cidadão, dever do Estado [...] Entretanto, esse grito não chegou ao campo. Os homens e as mulheres, as crianças, os adolescentes ou jovens do campo não estevam excluídos desse grito, porém não foram incluídos ficaram á margem.  O direito á educação foi vinculado a uma concepção abstrata de cidadania , e não como capazes de chegar á  concretude humana e social, em que os direitos se tornam realidade(  ARROYO; CALDART; MOLINA,2004,p.10).

A população do campo continua recebendo uma educação desigual , uma educação que ainda os mantêm refém de toda perversidade que se é feita em relação a população campesina, por isso a luta por políticas públicas  e que seja responsável pela melhoria da educação que se é ofertada para os povos do campo. Conforme ARROYO(2004,p.71)  [...]  A imagem que sempre temos na academia, na política, nos governos é que para a escolinha rural qualquer coisa serve. Para mexer com a enxada não há necessidades de muitas letras. Para sobreviver com uns trocados, para não levar manta[1] na feira, não há necessidade de muitas letras. Em nossa história domina a imagem de que as escolas do campo tem que ser apenas a escolinha rural, das primeira letras. A escolinha cai não cai ,onde uma professora que quase não saber ler  ensina alguém a quase não saber ler(ARROYO,2004,p.71).
Essa é a concepção de educação para a população do campo que muitas pessoas tem ,acreditam que essa gente só precisar aprender o básico  e que a educação para os povos do campo tem que ser capenga. Queremos uma educação de qualidade para todos, uma educação libertadora e não essa educação dominante, que nos conservam alienados e explorados.
De acordo com Caldart (2002,p.26) A educação do campo tem se desenvolvido em muitos lugares através de programas , práticas comunitárias, de experiências pontuais, não se trata de desvalorizar ou de ser contra essas iniciativas, porque ela têm sido uma das marcas de nossa resistência (resistência dos movimentos sociais do campo). Mas é preciso ter clareza de que isto não basta. A nossa luta é no campo das políticas públicas porque esta é a única maneira de universalizarmos o acesso de todos os povos á educação ( CALDART,2002,p.26).
A educação é um direito de todos, porém muitos ainda não tem esse direito concretizado grande parte da população não sabe ler nem escrever, e a falta de políticas públicas voltadas para que todos tenha acesso á educação, esse quadro somente mudará a partir do momento que todos participarem da  luta por uma educação que alcance a todos os povos.
De acordo com Arroyo (1999, p.22) escola é mais um dos lugares onde nos educamos. Os processos educativos acontecem fundamentalmente no movimento social, nas lutas, no trabalho, na produção, na família, na vivência cotidiana. E a escola que tem que fazer? Interpretar esses processos educativos que acontecem fora, fazer uma síntese, organizar esses processos educativos em um projeto pedagógico, organizar o conhecimento, socializar o técnico para interpretar e intervir na realidade, na produção e na sociedade. A escola, os saberes escolares são um direito do homem e da mulher do campo, porém os saberes, os valores: e a cultura, a formação que acontece fora da escola .
A Educação do campo deve contemplar as experiências e as histórias de vida desses sujeitos, e não impor a esses sujeitos uma educação da e na cidade, os jovens e crianças das zonas rurais merecem um ensino que conduza com as realidades que são vivenciadas no seu dia – dia.

As formas tradicionais de desenvolverem-se as políticas públicas de educação rural foram desqualificadoras da própria existência do campo e dos seus sujeitos. Pensar uma educação do campo significa pensar o campo em toda complexidade. (MOLINA, 2004, p.77)

O homem do campo e o campo em si são desvalorizados pela população urbana ,a descriminação perante esse povo tornou-se quase despercebidas por seus opressores , e a falta  de políticas públicas voltadas para atender as necessidades desse contingente só faz aumentar cada vez mais os problemas  vivenciados por essas comunidades rurais .   Mostrar os valores e a importância do homem do campo é fazer com que os povos  das cidades compreendam que eles também merecem uma educação  que seja construída por meio da sua cultura e dos seus costumes .
Segundo VinãoFrago (1996, p.69)a cultura escolar contém práticas e condutas, de modo  de vida, hábitos  e ritos, a história cotidiana do saber escolar, os objetos materiais, a função, o uso e a distribuição no espaço, a materialidade física, a simbiologia, os modos de pensar, significados  e idéias compartilhados. Porém, entre os elementos que mais organizam e conformam a cultura escolar, estão os espaços e tempos, as práticas discursivas e linguísticas ou as formas de comunicação:
Para VinãoFrago, estas tres dimensiones o aspecto - el espacio, el tiempo y el lenguaje o modos de comunicación – afectan al ser humano de lleno , en su misma  conciencia  interior, en todos sus pensamientos  y  actividades, de modo individual, grupal y como especie en  relación con la naturaleza de la que forma parte. Conforman y son conformados, a su vez, por las instituciones educativas. De ahí su importancia. (1995, p.69).
A escola propõe regras, validações, punições que buscam moldar o sujeito educado. Os tempos ,os espaços e a linguagem validados pela escola interiorizam-se no sujeito, não apenas o instruindo intelectualmente mas formatando seus valores e, em especial ,os valores sobre si mesmo(Vinão Frago,1995). Entre as regras que são propostas, a organização do tempo : entre os tempos de estudar e os tempos de brincar veem-se a valoração de atitudes que são consideradas estudo ou perda de tempo ,relevantes ou irrelevantes atividades produtivas o improdutivas .

Assim que o estudante não tem que ser moldado pelo seu mestre, ele tem que si modelar sozinho e que o educador seja, somente o mediador do seu aprendizado deixando-o trilhar os Caminhos do seu conhecimento .  Muitas das vezes podemos perceber que o estudante não tem a oportunidade de mesclar seus saberes com os saberes que lhe é fornecido no âmbito escolar , pois em alguns casos o professor não envolve a experiência do aluno com os temas abordados durante as aulas.
Cavalcanti (1998) diz que o ensino deve propiciar ao aluno a compreensão do espaço geográfico na sua concretude, nas suas contradições.
Ainda, que a escola tem a função de trazer o cotidiano para seu interior como intuito de fazer uma reflexão sobre ele e a partir de uma confrontação com o conhecimento cientifico. Nesse sentido, deve estar estritamente ligada ao cotidiano. O professor deve fazer uma ponte entre o conteúdo trabalhado na escola e o cotidiano do aluno,assim ele poderá fazer ter uma compreensão maior do conteúdo.
A vivência do aluno traz um papel muito importante para o seu desenvolvimento dentro da escola ,pois contém elementos relevantes para que os mesmos possam similar o cotidiano com os conteúdos fornecidos pelos docentes e assim enriquecer o seu conhecimento. Por isso vale ressaltar sempre o quão indispensável é trabalhar com a vivência do estudante com os conteúdos. CASTROGIOVANNI (2000) afirma que a Geografia Escolar deve lidar com as representações do dia a dia dos alunos, sendo necessário sobrepor o conhecimento do cotidiano aos conteúdos escolares, sem entendermos quais os saberes que os aluno traz, partindo desse conhecimento vivenciado no seu dia a dia , em seu meio e no entendimento que tem desse meio inserido nesse contexto o conhecimento científico necessário a sua formação.
Por esse motivo muitos teóricos defendem a oferta de uma educação do campo articulada e desenvolvida coma participação dos povos do campo. Uma vez que os mesmos nunca tiveram o direito de participar da construção da sua educação.
O homem do campo não pode ser esquecido pela sociedade urbana, ele faz Parte de nós e de nossa história, não temos o direito de negar a esses cidadãos uma educação de qualidade, e que esse aprendizado possa fazer com que os mesmos permaneçam no campo. Ele não deve ser obrigado a esquecer a sua cultura, suas raízes, o seu modo de vida e se adaptar aos mitos e as distintas culturas do meio urbano. Por isso carecemos de lutar para que se faça uma educação do campo e para o povo do campo.
Do seio dos movimentos sociais no campo brasileiro várias são as frentes de organização e de luta contra a expropriação ,subordinação e exploração. Estas várias frentes dão a impressão de pulverização desses movimentos. Embora ás vezes fragmentados ,o movimento social do campo caminha dando mostra de que cada dia está mais articulado (OLIVEIRA, 1994,p55).
Ainda segundo o mesmo autor desta forma o campo brasileiro ,vai ,no seio das condições do desenvolvimento capitalista no País ,forjando sua unidade de luta na diversidade das suas origens. É pois ,este o caminho para a sua compreensão e entendimento: diverso e contrário ( OLIVEIRA,1994,p.55)
Os avanços tecnológicos e consequentemente a modernização da agricultura foi responsável pela expulsão dos camponeses de suas terras,e aqueles poucos camponeses que resistiram as manipulações e articulações do capital passam por grandes dificuldades como falta de água potável, saneamento básico e principalmente a falta de escolas com uma educação rural ,sabemos que para haver desenvolvimento (e não estou falando somente de desenvolvimento econômico.
Mas principalmente de desenvolvimento humano) tem que se desenvolver  uma educação basicamente produzida  e articulada com os conhecimentos  do homem do campo. Quando os submissos são  obrigados a abandonar o campo e ir morar na cidade ,sentem se deslocados de sua realidade e passam ater que conviver  com as várias culturas que lhes são imposta.

A integração das economias e dos sistemas de comunicação conduz ao surgimento de novas disparidades entre países ou entre regiões, entre grupos sociais. O conceito de” comunicação- mundo pretende caracterizar tai lógicas de exclusão”. (MARTTELLAT,2000,p.149- 151).


Essas grandes extensões de terras estão concentradas nas mãos de inúmeros grupos econômicos porque, no Brasil, estas funcionam ora como reserva de valor ,ora como reserva patrimonial. Ou seja ,como instrumento de garantia para o acesso ao sistema de financiamentos bancários, ou ao sistemas de políticas de incentivos governamentais .Assim ,estamos diante de uma estrutura fundiária violentamente concentrada e ,também ,diante  de um desenvolvimento capitalista que gera um enorme conjunto de miseráveis( OLIVEIRA, 2001, p.187)

Esses campesinos que ainda residem em suas terras sobrevivem essencialmente da renda gerada pela agricultura familiar, é fato que essa atividade é desvalorizada perante a economia gerada pelo agronegócio. Mas grande parcela da sociedade não tem conhecimento da importância dessa atividade para a nossa alimentação, 70% de tudo que consumimos no nosso dia –dia provém da agricultura familiar.
A dicotomia campo- cidade ainda se faz bastante presente, mesmo que o meio técnico-cientifico-informacional tenha impregnado o campo de elementos urbanos.  A educação é uma dessas disparidades que afeta diretamente campo, os estudantes campesinos são alocados nas escolas das cidades e por trazerem consigo culturas e histórias do seu cotidiano que por sua vez são distintas das culturas e da história dos estudantes urbanos, muita das vezes são rotulados como caipiras, atrasados, dentre outras denominações que lhes são atribuídos por serem do campo.
Como Arroyo (2004) relata, quando situamos a escola no horizonte dos direitos, temos de lembrar que os direitos representam sujeitos – sujeitos de direitos, não direitos abstratos -,que a escola ,a educação básica tem de se propor tratar o homem ,a mulher, a criança, o jovem do campo como sujeitos de direitos .Como sujeitos de história, de lutas, como sujeito dei intervenção como alguém que constrói, que está participando de um projeto social. Por isso a escola tem de levar em conta a história de cada educando e das lutas do campo. (ARROYO,2004,p.74).
Sabemos que as escolas que acolhem os jovens e crianças do campo na cidade não trazem em seu plano político pedagógico ações que condiz com a realidade dos mesmos, assim que esses estudantes são educados nos moldes urbanos. O plano politico pedagógico das mesmas não abrange nada sobre a realidade que é vivenciada por esses jovens e crianças em suas comunidades.   Afastando – os cada vez mais da sua realidade, por isso se defende a participação de todos os envolvidos no cotidiano da escola na participação da construção do plano politico pedagógico.
De acordo com Freire (1996, p.51) até o momento em que os oprimidos não tome consciência das razões de seu estado de opressão “aceitam “ fatalistamente a sua exploração. Mas ainda, provavelmente assumam posições passivas, alheadas, com relação á necessidade de sua própria luta pela conquista da liberdade e de sua afirmação no mundo. Nisto reside sua “convivência” com o regime opressor. Para que isso seja possível, os oprimidos devem receber uma educação que os ensinem como eles tem que pensar e agir de acordo com as suas reivindicações e não uma educação que os tornem passivos e aceitem tudo que são impostos por uma sociedade basicamente excludente.
A educação ainda é a melhor forma de fazer com que esses oprimidos tenham o poder de lutar e conquistar progressos necessários para se viver dignamente. Sabemos que os déspotas mantêm essas pessoas na condição de abusados por que os mesmos não tiveram a oportunidade de ter uma educação de qualidade da forma que os seus exploradores alcançaram.
A intencionalidade dos opressores é que os oprimidos sigam sem conhecer o ensejo que os mantêm oprimidos. Assim que por esse único motivo os déspotas investem em assistencialismo para poder manobrar essa população. Um desses assistencialismos se faz marcante na educação que se é ofertada aos camponeses, que é uma educação que os conserve adormecidos perante as suas reais necessidades. De tal modo que:

Freire afirma que na verdade, o que pretendem os opressores “é transformar a mentalidade dos oprimidos e não a situação que os oprime’’ e isto para que melhor adaptando-os a esta situação, melhor os dominem(Freire,1968,p.60).


Os opressores criam estratégias para que os explorados sigam sem enxergar as suas tiranias diante dos mesmos, assim que as lutas para que se possa erradicar os abusos postos pelos opressores vão desde a educação até simples movimentos organizados. Assim que para o mesmo autor (2003, p.52) somente quando os oprimidos descobrem, nitidamente, o opressor, se engajam na luta organizada. Por sua libertação, começam a crer em si mesmos, superando, assim, sua “convivência” com o regime opressor. Se esta descoberta não pode ser feita em nível puramente intelectual, mas da ação, o que nos parece fundamental é que esta não se cinja a mero ativismo, mas esteja associado a sério empenho de reflexão, para que seja práxis.
As lutas realizadas por meios dos movimentos organizados ainda é a melhor forma de se contrapor mediante as atrocidades  que são impostas aos oprimidos pelo sistema dos opressores. Exclusivamente por meio de lutas e de uma educação de qualidade poderá se erradicar as explorações implantadas e que durante séculos os mantêm dominados.

Como predomina a concepção unilateral da relação cidade-campo, muitas prefeituras trazem as crianças para as cidades, num trajeto de horas de viagem, por estradas precárias, com a finalidade de reduzir custos, e as colocam em classes separadas das crianças da cidade, reforçando desta forma a dicotomia ainda presente no imaginário da sociedade. Ou então são colocadas na mesma sala, onde são chamadas de atrasadas pelos colegas, ou mesmo por alguns de seus professores urbanos e, para serem modernas passam a assumir valores duvidosos (FERNANDES; CERIOLI E; CALDART, 2004, p.38).


Isso obriga grande parte dos estudantes do campo a assumir denodos da cidade para serem bem vistos pelos colegas da escola da cidade. Aqueles que se negam a esconder os seus valores passa a serem perseguidos com apelidos e brincadeiras maldosas. 
A dicotomia campo– cidade ainda se faz bastante presente, mesmo que o meio técnico-cientifico-informacional tenha impregnado o campo de elementos urbanos.  A educação é uma dessas disparidades que afeta diretamente o campo, os estudantes campesinos são alocados nas escolas das cidades e por trazerem consigo culturas e histórias do seu cotidiano que por sua vez são distintas das culturas e da história dos estudantes urbanos, muita das vezes são rotulados como caipiras, atrasados, dentre outras denominações que lhes são atribuídos por serem do campo.
Não é do nosso interesse a cópia de modelos importados de escolas que não contribuem para a compreensão de nossa realidade;queremos o direito a cultivar nossa própria identidade, para ter condições reais de intercambio e de participação na discussão da educação brasileira como um todo; (FERNANDES; CERIOLI; CALDART, 2004, p.52)
Por isso a luta para que se construa um modelo de educação com a identidade e cultura do homem do campo, não devemos impor uma educação na qual esses povos percam a sua identidade ,hábitos e culturas ,mas sim um ensino  que possa vincular o seu aprendizado a sua história.
A necessidade de uma proposta de ensino diferenciada está então pautada pelo fato de que as realidades do campo e da cidade são diferentes, mas a educação que até hoje se realizou no campo e na cidade para alunos provindos da zona rural esteve pautada em valores que não eram por eles totalmente partilhadas. Fato este observado principalmente pela exclusão ou pelo fracasso escolar, destes alunos que quando inseridos na educação escolar, não viam nesta educação um significado real para a realidade em que viviam (ARROYO, 2004).
Por isso a indagação sobre a educação que se é ofertada para essa população que reside no campo, mas que são educados nas escolas das cidades, esses jovens tem que ser educados no campo, em seu lugar que é o lugar onde os mesmo possuem suas raízes e cotidiano diferenciado dos hábitos da cidade. Mesmo que na zona rural possamos perceber objetos do urbano, eles ainda trazem consigo a algumas diferenças do seu meio, do seu lugar, como, por exemplo, a relação com o meio ambiente, o modo de vida, entre fatos distintos que os vinculam ao seu lugar.
Para justificar o uso da expressão “campo”, na conferência que dis­cutiu a possibilidade de uma educação específica, o MST, através de um de seus intelectuais orgânicos, argumentava, naquele momento, que a defesa do termo campo em oposição ao rural se daria, devido ao:objetivo de incluir no processo da conferência uma reflexão sobre o sentido atual do trabalho camponês e as lutas sociais e culturais dos grupos que vivem hoje e tentam garantir a sobrevivência desse trabalho.
Mas quando se discutir a educação do campo se estará tratando da educação que se volta ao conjunto dos trabalhadores e das trabalhadoras do campo, sejam camponeses, incluindo quilom­bolas, sejam as nações indígenas, sejam os diversos tipos de assala­riados vinculados à vida e ao trabalho no meio rural (KOLLING et al, 1999, p. 26). Sabemos que esses camponeses ,quilombolas e as nações indígenas sempre foram deixados de lado  tanto  na questão da educação como nos outros contextos, Defendendo a mesma linha de interpretação e com argumentos se­melhantes, Arroyo, Caldart e Molina afirmam que  :

Educação do Campo tem compromisso com a vida, com a luta e com o movimento social que está buscando construir um espaço onde possamos viver com dignidade. A Escola, ao assumir a cami­nhada do povo do campo, ajuda a interpretar os processos educa­tivos que acontecem fora dela e contribui para a inserção de educadora /educadores e educandas/educandos na transformação da sociedade (ARROYO; CALDART;MOLINA,1998,p.161)


A educação do campo reflete ainda, por parte de alguns autores, um certo saudosismo em relação à vida do homem do campo. É nesta perspectiva que estes autores salientam que: a Educação do Campo precisa resgatar os valores do povo que se contrapõem ao individualismo, ao consumismo e demais contra valores que degradam a sociedade em que vivemos. A Escola é um dos espaços para antecipar, pela vivência e pela correção fraterna, as relações humanas que cultivem a cooperação, a solidariedade, o sentido de justiça e o zelo pela natureza (ARROYO; CALDART; MOLINA, 1998, p. 162).
De acordo com o artigo 28 da LDB na oferta da educação básica para a população rural, os sistemas de ensino promoverão as adaptações necessárias á sua adequação ás peculiaridades de vida rural e de cada região, especialmente:

I – conteúdos curriculares e metodologias apropriadas ás reais necessidades e interesses dos alunos da zona rural;
II – organização escolar própria, incluindo adequação do calendário escolar às fases do ciclo agrícola e às condições climáticas;
III – adequação à natureza do trabalho na zona rural. Trabalhando com o cotidiano o educador amplia o horizonte do conhecimento do educando, fazendo com que o mesmo relacione os acontecimentos do seu lugar , do seu mundo com os conteúdos contidos nos livros e  assim construir novos conhecimentos. Daí a extrema importância de usar o cotidiano do educando para o seu ensino – aprendizagem. Outro fator a ser observado diante do ensino aprendizagem desses jovens diz respeito ao ensino geográfico, como o educando inclui o cotidiano do mesmo nas abordagens geográfica que são ministrados por eles, como esses estudantes relacionam o tema com a sua comunidade e assim descobrir novos conhecimentos. (p.25)


Assim que para Cavalcanti(1998,p.23),ao trabalhar com o cotidiano e o conhecimento geográfico, diz que:“Ao manipular as coisas do cotidiano, os indivíduos vão construindo uma geografia e um conhecimento geográfico”(Cavalcanti, 1998, p.23)
Nesta perspectiva torna-se interessante, investigar qual seja a identidade destes lugares , a partir dos interesses das pessoas que vivem ali. Reconhecer os valores , as crenças, as tradições e investigar os significados que tem para as pessoas que vivem ali . A cultura que dá esse conjunto de características ás pessoas e aos povos se expressa no espaço através de marcas que configuram as paisagens: (CALLAI,2005,p.243).
Os conhecimentos que são adquiridos por esses povos em suas comunidades vêm carregados de significados e que são de suma importância para o desenvolvimento do seu aprendizado, valorizar os seus conhecimentos passa ser a chave para que se tenha uma educação voltada para o campo e com elementos e sujeitos do e no campo.
O lugar e o cotidiano são elementos fundamentais para a disseminação do saber geográfico entre os estudantes, parafraseando Callai (2002) que propõe que Lugar é onde vivemos, moramos, trabalhamos, enfim, onde acontece nossa vida. Ler o mundo da vida, ler o espaço e compreender que as paisagens que podemos ver são o resultado da vida em sociedade dos homens na busca pela sobrevivência e pela satisfação de suas necessidades, significa “estudar o lugar compreender o mundo’’(CALLAI, 2002)”.
O lugar vem impregnado de histórias , saberes ,culturas ,a leitura do mundo começa a partir do lugar de vivencia do sujeito e essa leitura proporciona novas formas de compreensão de conceitos ,linguagens e temas .
Segundo Castellar (2005), a leitura do lugar de vivência está relacionada, entre outros conceitos, com os que estruturam o conhecimento geográfico, por exemplo, localização, orientação, território, região, natureza, paisagem, espaço e tempo. E essa leitura , necessária para se saber agir sobre o lugar de vivencia, é uma importante questão de cidadania , de ética e de cultura que pode dar significado a como , por que , para que e  para  quem ensinar geografia na escola e por que aprendê-la.
O pensamento simbólico, representacional, acontece passo a passo quando, por exemplo, a criança, colocada em situações de aprendizagem medidas , compreende a função dos símbolos e dos signos  criados socialmente, como a linguagem de um modo geral ou , no caso da geografia , a linguagem dos mapas , por exemplo, como se dá a formação de conceitos básicos. .
A geografia escolar têm que citar elementos do dia-a-dia do aluno e similar com os temas abordados pelos educadores, o cotidiano do educando deve fazer parte do seu aprendizado, os saberes dos alunos despertam o interesse dos mesmos pelo conhecimento que é abordado pelo maestro.
Castrogiovanni (2000) afirma que a Geografia Escolar deve lidar comas representações da vida dos alunos, sendo necessário sobrepor o conhecimento do cotidiano aos conteúdos escolares, sem distanciar-se, em demasiado formalismo teórico da ciência. É primordial entendermos quais os saberes que o aluno traz, partindo desse conhecimento vivenciado no dia a dia, em seu meio e no entendimento que tem desse meio inserido neste contexto o conhecimento cientifico necessário a sua formação.
Sabemos queo modelo educacional vigente no país sempre foi idealizado pela classe dominante com o intuito de influenciar na educação dos trabalhadores e da população rural para que assim possam seguir mantendo essa grande parte da sociedade brasileira como oprimidos,De tal modo que Arroyo afirma :
A burguesia agrária, industrial ou financeira, tradicional ou moderna, sempre teve um projeto educativo específico para as classes subalternas, para fazer cidadãos e trabalhadores submissos a seus interesses (ARROYO, 1986, p. 17).
A burguesia que comanda o nosso País nunca se comprometeu em ofertar uma educação que os libertassem desse sistema opressor que os mantem escravizados de todos essas barbaridades que são feitas diante de essa gente que trabalha de sol a sol para sustentar o país.
Educar nessa sociedade é tarefa de partido, isto é, não educa para a mudança aquele que ignora o momento em que vive, aquele que pensa estar alheio ao conflito que o cerca. É tarefa de partido porque não é possível ao educador permanecer neutro: ou educa a favor dos privilégios ou contra eles, ou a favor das classes dominadas ou contra elas. Aquele que se diz neutro estará apenas servindo aos interesses do mais forte (GADOTTI, 1995, p. 87).
Os partidos são os responsáveis pela educação porque os professores tem que atender as ordem dos políticos e não seguir as propostas pedagógicas, pois a educação ofertada tem que atender as ordens dos dominantes. No Brasil isso é muito comum, pois desde a chegada dos portugueses somente as classes dominantes que governavam o território recebiam educação de qualidade , os demais seguiam dominados pela elite exploradora. De concordata com o mesmo autor:
Discutir política na educação não significa reduzir tudo ao político, como se o político explicasse tudo. Significa não ignorar os prolongamentos políticos do ato pedagógico. Perceber, por exemplo, que há uma estreita relação entre o rendimento escolar do aluno e as suas condições sociais e econômicas. Perceber, em relação a esse fato, que o aluno que recebe a melhor nota é, principalmente, aquele que tem origem social privilegiada. Perceber ainda que o acesso à escola continua sendo privilégio. Mas não só estabelecer relações entre escola e sociedade, se não estabelecer relações também entre o que se ensina e o conteúdo ideológico do que se ensina, entre os valores que testemunha o educador e os padrões de comportamento exigidos por uma sociedade ou pelo grupo social dominante (GADOTTI, 1995, p. 88).


A educação do campo reflete ainda, por parte de alguns autores, um certo saudosismo em relação à vida do homem do campo. É nesta perspectiva que estes autores salientam que: a Educação do Campo precisa resgatar os valores do povo que se contrapõem ao individualismo, ao consumismo e demais contra valores que degradam a sociedade em que vivemos. A Escola é um dos espaços para antecipar, pela vivência e pela correção fraterna, as relações humanas que cultivem a cooperação, a solidariedade, o sentido de justiça e o zelo pela natureza(ARROYO; CALDART; MOLINA, 1998, p. 162).



[1] Ser trapaceado,Enganado

sábado, 27 de setembro de 2014


Queda do valor da Petrobras no mercado é a maior da América Latina

Foto: Divulgação
A Petrobras registrou a maior a queda em valor de mercado entre as empresas de capital aberto da América Latina, segundo estudo da Economatica. De acordo com o levantamento, o valor de mercado da petroleira caiu 27,678 bilhões de dólares, de 131,981 bilhões para 104,302 bilhões de dólares, entre os dias 31 de agosto a 25 de setembro de 2014. Em seguida, aparecem os bancos brasileiros Itaú Unibanco, Bradesco e Banco do Brasil.
O valor de mercado do Itaú Unibanco caiu de 94,589 bilhões para 78,432 bilhões de dólares, um recuo de 16,157 bilhões de dólares. No caso do Bradesco, o resultado teve retração de 11,799 bilhões de dólares, de 75,735 bilhões de reais para 63,937 bilhões de dólares; já a queda do Banco do Brasil foi de 10,120 bilhões de dólares, de 43,728 bilhões para 33,607 bilhões de dólares.
Entre as 20 empresas compiladas pela Economatica, 16 companhias brasileiras estão entre as maiores perdas de valor de mercado, com destaque ainda para Vale, Ambev S/A e BBSeguridade. Da Colômbia aparece na lista a Ecopetrol, cujo valor de mercado passou de 70,651 bilhões para 65,856 bilhões de dólares. O México possui três representantes,: WalMart México, GMexico e Coca-Cola Femsa.
Na outra ponta, entre as 20 empresas da América Latina com maior ganho de valor de mercado, o Brasil possui apenas três representantes. A Embratel teve um ganho de 1,662 bilhão de dólares, de 8,825 bilhões para 10,487 bilhões de dólares; a Oi, com avanço de 535 milhões de dólares, de 5,506 bilhões para 6,041 bilhões de dólares, e a fabricante de papel e celulose Fibria, com ganho de 336 milhões de dólares, de 5,751 bilhões para 6,087 bilhões de dólares. A Tenaris, da Argentina, lidera o ranking de ganhos, com 6,899 bilhões de dólares, de 39,819 bilhões para 46,718 bilhões de dólares. No total, a Argentina possui 13 empresas na lista. O México aparece com três (America Movil, Ideal e Alfa) e o Chile com uma (Calichera).
Via: VEJA
FONTE: PN Mídia

A água é mais velha que o sol, afirma pesquisa

Investigação feita por uma equipe internacional determina que a água na Terra é mais velha do que o Sol. Confirmada essa hipótese, o caminho para encontrar novos planetas habitáveis ??vai mudar completamente. A água é um elemento essencial para a existência da vida como a conhecemos. A ciência se baseia em amostras de água para revelar a história de como, por exemplo, um corpo celeste especial é formado. Agora, parece que o nosso planeta tem um elemento mais velho que vários outros que estão espalhados por nossa galáxia e que pode ter consequências importantes em nossa busca por vida extraterrestre.
Foto: deviantart.com / NASA / RT
Foto: deviantart.com / NASA / RT
Em uma pesquisa realizada pela L. Ilsedora Cleeves, da Universidade de Michigan, EUA, e publicado na revista Science, os cientistas concluíram que entre 30% e 50% da água na Terra é mais velha do que o Sol, de acordo com a Reuters.
Para compreender essa afirmação, é necessário analisar processo de formação de estrelas. Cada estrela é composta de materiais encontrados em sua própria nuvem interestelar molecular. Estes são cercados por um disco protoplanetário, chamado cinturão ‘nebulosa solar’ de onde os planetas nascem.
Vários estudos anteriores não conseguiram determinar se o gelo do cinturão vem da nuvem molecular e como um resultado, forma as estrelas, ou, se é formada por meio de reações químicas que ocorrem na nebulosa solar. Mas hoje em dia essa incerteza está próxima de desaparecer e pode-se dizer que a vida do nosso planeta não é o resultado da atividade criada dentro do disco protoplanetário, mas sim, por meio do gelo interestelar que sobreviveu à formação do nosso sistema e foi incorporado aos planetas.
Esta afirmação baseia-se no estudo citado pelos pesquisadores, para os quais é recriada em condições de laboratório químico no sistema solar. Seguindo a mesma, os cientistas observaram um isótopo de hidrogênio chamado deutério.  “A química nos diz que a terra recebe uma contribuição de água de uma fonte que estava muito frio, apenas dez graus acima do zero absoluto, enquanto o sol, sendo substancialmente mais quente, excluiu o deutério ou água pesada”, disse Ted Bergin, um pesquisador da Universidade de Michigan. Além disso, o diretor de pesquisa afirma que “as implicações desta descoberta são de que a água no sistema solar foi herdada do ambiente a partir do qual o sol nasceu e foi precedida a ele. Se o treinamento é típico do nosso sistema, isto implica que a água é um ingrediente comum para a formação de todos os sistemas planetários”. Se for verdade a hipótese do estudo, a partir de agora se saberá muito mais sobre a formação da vida e poderá aumentar a esperança de que este exista água – e vida – em outros planetas.
Fonte: Portal N10
FONTE: PN Mídia